Aeromoça és tu
Aérea fêmea,
Etérea
Avoada menina
Alva, cálida, cristalina
De elevada calma
A volitar livre,
Leve e solta
Acima de carmas e culpas,
E carnes esdrúxulas
Entre côncavos e convexos
Entre sonho e realidade
Razão e emoção
Nessa falta de nexo
De nossa parca humanidade
Sublime ser tu és
Em aurora no firmamento
Com suas elipses reticentes
Circunspectas retas
E arestas celestes
Pássaro nuvem
Que voa pelo vento
E busca, acima de tudo,
Libertar-se de padrões
E almas aprisionantes
Tão sólida e tão líquida
Mas sempre se evapora
E flutua pelo ar
Em atmosfera nebulosa
Ou condensada
Até atingir o ápice
Em elevada temperatura,
Quando, por súbito resfriamento adiabático,
Se precipita novamente
Em terra
Para que o ciclo se renove
Eduardo Campos Mendonça
Um comentário:
DU,
Cada um de nós possui uma essência única, indivisível e eterna. Acrescento a este raciocínio teu belo pensamento traduzido em tão perfeitas palavras:
Essa essência única e indivisível é:
“tão sólida e tão líquida. Mas sempre se evapora e flutua pelo ar em atmosfera nebulosa. Ou se condensa até atingir o ápice em elevada temperatura. Quando, por súbito resfriamento adiabático, se precipita novamente em terra ara que o ciclo se renove”.
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