Em vão, alguns poucos,
Tentam se tornar cultos
Numa busca ansiosa e fracassada
Por sabedoria e conteúdo
Falta-lhes experiência, por vezes sentimentos
Pois buscam a razão em tudo
Na literatura, na música,
Em toda forma de arte, em todas as ciências
E até mesmo nas coisas corriqueiras e menores desta vida
Que deviam ser consideradas maiores do que qualquer culto
Deixai pra lá essa procura desenfreada, desmedida
Pela lucidez, pela razão e pelo sentido no que está oculto
A verdade é uma só: toda busca se transforma em culto
Contudo, essa vil e inútil procura não chega a ser bela,
Nem ao menos é sincera, pois toda forma de culto
De uma forma ou de outra
Vem de uma ânsia indomável de se descobrir
O inexplicável em tudo o que está oculto
Eduardo C. Mendonça
2 comentários:
culmino no cântigo das meninas, oh, culto, sorvo e mistério a cada minuto, oh, culto, quando encontro e enrosco em tuas pernas moças morenas, oh, curvo, homem em derradeiro desespero da glória e d-o-h--culto.
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