skip to main |
skip to sidebar
.Em vão, alguns poucos,
Tentam se tornar cultos
Numa busca ansiosa e fracassada
Por sabedoria e conteúdo
Falta-lhes experiência, por vezes sentimentos
Pois buscam a razão em tudo
Na literatura, na música,
Em toda forma de arte, em todas as ciências
E até mesmo nas coisas corriqueiras e menores desta vida
Que deviam ser consideradas maiores do que qualquer culto
Deixai pra lá essa procura desenfreada, desmedida
Pela lucidez, pela razão e pelo sentido no que está oculto
A verdade é uma só: toda busca se transforma em culto
Contudo, essa vil e inútil procura não chega a ser bela,
Nem ao menos é sincera, pois toda forma de culto
De uma forma ou de outra
Vem de uma ânsia indomável de se descobrir
O inexplicável em tudo o que está oculto
Eduardo C. Mendonça
.Certa vez me pediram
Pra esclarecer o meu dito
Pois o que eu havia escrito
Estava em contradição
Depois me falaram
Pra definir um estilo
Pedido que foi em vão
Já que regras não sigo
Outrora me disseram
Que esperam que minha vida melhore
Embora eu implore
Pra que abandonem tal preocupação
Ora, o que foi escrito
Está escrito, meu irmão
Fi-lo porque qui-lo
Não procure explicação
Contudo, sempre tive uma pretensão:
Parem de olhar para o próprio umbigo
E não se preocupem comigo
A vida é a única liçãoEduardo C. Mendonça
Grita em desafinado
agudo estridente
o galo da(o) (a)manhã:- É hora de acordar pra vida!Cada amanhecer, uma nova oportunidadeEm cada canto,um novo despertar de gente!Eduardo C. Mendonça
. Olha para o alto
Para o céu, Maristela
Desvia tua íris deste chão de asfalto
E procura qual estrela é mais bela
Verás que nessa vida tudo está ligado
Mesmo estando separado
Que tudo é tão próximo e tão distante
E certas coisas tão minúsculas, outras gigantes
Olha mais uma vez para o alto eu insisto,
Lá está teu coração, Maristela
Esquece essas mazelas, tudo isso é finito
E o que é realmente belo já está à nossa espera
Olha essa imensidão
E fita-a com calma da tua janela
Descobrirás que nesse universo não existe solidão
E que nenhuma estrela brilha como tu, MaristelaEduardo C. Mendonça
.Mal dita ânsia entre pares ímpar feitos.
.Um dia você aprendeQue não importa o que digamNem o que você senteO que importa é o que vocêAprende
Eduardo C. Mendonça
O amor é lindo,
Porém findo
O amor é infinito
Sempre maior
Sempre bem-vindo
E ainda melhor
Com vinho tinto
Amor, externo sangue,
Perto, distante,
Contraponto
Com o que, nas veias,
Ebule
E apaga
Para, de manhã,
Novamente
Acender o fogo,
Da gente
E botar água no bule,
E começar de novo
Tomar café com queijo e biscoitos,
Pão com manteiga
Entre muitos, muitos beijos
Após amar e mais amar
E terminar o coito
Eduardo C. Mendonça