sexta-feira, 20 de junho de 2008
Deusa Cíclica
Passos soltos e destemidos
Assim vai ela
Ziguezagueando imponente
Em doçura angelical
Nefertite paladina
De lábios barrocos
Sempre a seduzir mortais
Em delicado e obsceno balé
Dama ou rainha?
Deusa ou cortesã?
Quem ousará tocar-lhe
Tão alva face?
Imaculada Maria
Esquiva e intocável
Pandemônio de desejos
A sucumbir súditos
Qual de nós ousará
Segui-la?
Qual ímpio e maldito
Pagão a irá despir?
Afrodite mecenas
De língua sedenta
De almas e sonhos
Indiferente ao tempo
Absorta Salomé
A enlouquecer os homens
E roubar-lhes razão
Noite após dia
Crepúsculo de idéias
Sopro contínuo de esperança
Fauna e flora em êxtase!
Vida e é só
Eduardo C. Mendonça
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2 comentários:
Amável SENHOR,
"DESTEMIDO" Cavaleiro,
SELVAGEM GUERREIRO, como ousas escrever tão fortes e ao mesmo tempo delicadas palavras?
Cuja suave MELODIA toca a ALMA, formando um RITMO sereno e agitado, que em perfeita HARMONIA se transforma em uma MUSICA silenciosa, que só poderá ser ouvida por aqueles cuja sensibilidade habita o coração.
O SOM de tuas palavras em conjunto com o sentido desperta para uma viagem muito além do tempo e do espaço, onde lembranças antigas ressurgem como um relâmpago a clarear a escuridão.
Querido SENHOR,
ADMIRAVEL Cavaleiro,
AMADO GUERREIRO, cujo olhar me cativou e as palavras fascinam, saiba do meu grande APREÇO pela sua pessoa e por sua POESIA, que me despertam de um estado letárgico, me fazem pensar e ME SENTIR VIVA.
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