No espaço vago e raso
Procuro o vaso
De orquídeas que não plantei
No espaço turvo e fundo
Procuro o mundo
De idéias que não realizei
No espaço reto e infinito
Procuro o grito
De inconformismo que não berrei
No espaço verde e amarelo
Procuro o elo
De uma história que não sei
No espaço interno e externo
Procuro pelo eterno
De que me separei
Eduardo Campos Mendonça
Um comentário:
Navegante. Bem-vindo ao grande mar onde desembocam grandes idéias, vindas do esgoto e da fonte da juventude. Dessa juventude promissora e destruidora que somos nós. Nós, que atamos nossa rede com as próprias mãos, pra pescar um não-sei-o-quê neste vasto oceano.
E eis que o espírito de deus voava por sobre as águas. E eis que em du-vida me pergunto: a maré está cheia ou está rasinha? Não, neste caso eu sei: quando se trata de Edu-árduo, a maré está sempre cheia, sempre há o que se pescar.
E vamos, dentro desse navio, andando como tu mesmo, Jesus, por sobre as águas. Lamacentas e cristalinas. Vamos. Andando de mãos dadas.
Beijo, Du!
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