Minas das cirandas, dos currais,
Das quitandas e dos arraiais,
Minas das esquinas, das orações,
De muitas meninas e procissões
Minas das montanhas, dos bordados,
Das cabanas e alagados
Minas dos bandeirantes, dos paredões,
Dos retirantes e dos rincões
Minas das aguardentes, dos vaqueiros,
De Tiradentes e grandes violeiros
Minas das veredas, dos vales
Das igrejas e dos bares
Minas dos artistas, dos poetas
Dos turistas e de muitas festas
Minas das saracuras, das seriemas,
Das rapaduras, Minas de mil temas
Minas dos escritores, dos presidentes
De professores e gente inocente
Minas das cachoeiras, das congadas
Das corredeiras e das toadas
Minas das Marias-fumaças, dos cantos
De muitas praças e muitos encantos
Minas das fazendas, dos lobos-guará,
Dos vestidos de renda, Minas de BH
Minas hospitaleira, que gosta de beijo
Minas das benzedeiras e dos pães-de-queijo
Minas que dança catira, Minas dos canaviais
Do frango caipira e das estâncias hidrominerais
Minas do doce de leite, do tutu com torresmo,
Do quiabo com angu e do lampião aceso
Minas do artesanato, do fogão de lenha
De um povo pacato, que Deus a tenha
Minas dos arreios de couro, Minas dos amantes
Da época do ouro e dos diamantes
Minas das parteiras e das pedras preciosas
Minas da Mantiqueira e das Alterosas
Minas dos carros de boi, Minas de muitas preces
Que sempre dá oi, até pra quem não merece
Minas das histórias e dos cafezais
Minas das memórias e das Gerais
(incidental)
Oh, Minas Gerais,
Quem te conhece
Não esquece
Jamais...
Eduardo Campos Mendonça
Um comentário:
Oi Du!!!
Parabéns pelo blog! Já estava em tempo de você disponibilizar suas poesias, poemas, aforismas...
Um grande abraço,
Maria
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