quarta-feira, 6 de abril de 2011

In Desmemória à Paula


Eu cavalgo a noite

Como tu a feres,

Serena, em plumas

E sinto-a jorrar

Lispectoramente drummoniana

No cálice dos despertos

E, de reprente, me vejo

A com partilhar contigo

Do primeiro verso

Ao reverso e o estribilho


Há algo de mim em ti,

Eu minto?

Apenas não sei o que e como dizer

Mas, quando escreves,

Eu sinto!

E não careço mais escrever

Eduardo C. Mendonça

4 comentários:

Luna Blanca disse...

Estamos convencidos de que os grandes escritores colocaram a sua própria história nas suas obras. Pinta-se bem apenas o próprio coração, atribuindo-o a um outro.

Paula Figueiredo disse...

Querido amado Du! Coisa mais linda essa tua poesia! Nao, nao mentes que ha algo de nos! Somos um! Adoro tuas poesias e qdo vc escreve, eu tb, profundamente sinto e so quero mais sentir!
Obrigada, amor!
Beijoooos!

E vamos confiar na vida! ;)

Marilu disse...

Olá, vim conhecer teu blog através da Paula, adorei. Lindo poema. Tenha um lindo final de semana. Beijocas

Carla disse...

A Paula é assim mesmo. Ela consegue escrever coisas que sentimos.

Parabéns pela percepção e linda poesia. Adorei.