terça-feira, 7 de abril de 2009

Caneta



A caneta desliza ao léu

Descrevendo a simbiose eterna

Da terra com o céu


A caneta descobre o véu

Na expressão estética

Do poeta com o papel


Na caneta, o vínculo contínuo

Que das mãos do escritor

Não separa a caneta do papel
Nem o papel do leitor


Na caneta, a ponte infinita

De infinitas idéias e crenças

Que ousam definir sentenças

Jamais definidas antes


A caneta, metamorfose abstrata

De desejos expressos em tinta
Tinta que é marca, que pinta

Que traça caminhos e deixa marcas


A caneta, mutação artística

Do desenho e da escrita,
No pulso, o impulso

Das idéias, das letras


Caneta, combinação de fatos

Registro de pensamentos

Em forma de relatos


Caneta, objeto que sela laços

E perpetua emoções e sentimentos

Expressos em seus traços


Eduardo Campos Mendonça

Um comentário:

Carla disse...

DU, Achei lindo esses versos.AMEI!

"...Mas, escreva aí mesmo, como os poetas antigos, com caneta e papel, para suas energias ficarem impregnadas nas páginas, como sangue vivo do Eterno.”

Bejin,
Carla