terça-feira, 8 de junho de 2010

Que Coisa


Coisas estranhas acontecem

Aqui, ali, em todo lugar

Coisas perdidas reaparecem

E não há como explicar


Tal como as coisas somem

Coisas novas surgem

E assim como existem coisas certas

Sobrevivem as erradas


Há coisas que nos erguem

E coisas que nos derrubam

O bom é que coisas boas surgem

E as ruins passam


Certas coisas nos levam

Diversas coisas nos trazem

Coisas inexplicáveis nos impedem

E coisas indecifráveis nos falam


Uma infinidade de coisas nos pedem

Um tanto a gente doa

Há coisas que florescem

Com outras coisas se voa


Certas coisas são raras

E muita coisa é frescura

Prefiro as coisas claras

Não às escuras


Dizem que qualquer coisa não é a mesma coisa

E que coisa nenhuma é um jeito de negar

Tem também quem não assume a coisa

E coisa que num dá pra negar


Mas cada coisa tem o seu lugar

E há coisas que não se deve falar

Dá pra entender tanta coisa

Se as coisas estão sempre a mudar?


Até porque tem quem não diz coisa com coisa

E coisa que não diz nada

Mas uma coisa é certa

A gente reclama quando a coisa aperta


Eduardo C. Mendonça

3 comentários:

Paula Figueiredo disse...

querido... Há coisas que não se pode negar... realmente...Coisas que estão na cara! Te adoro! Te ler é sempre um bálsamo! Muitos beijos!

Biografo Imaginário disse...

Adorei.... muito legal, a poesia é simples mas traz uma bagagem bem complexa.... ADOREI!

Joice Reis disse...

Oi Duuuuuuuuuuuuuuu!!!
Amei!!! Que coisa!!!
Excepcional!!! Parabéns!!!
Vc conseguiu traduzir mtas coisas implicitas em tantas outras....Explicitas nas tuas palavras tão bem colocadas!
Bjo grande!!! Até breve!!!