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O que eu sempre quis
Era continuar assim
Sem leme, sem rumo,
Olhando só pra mim
Mas a vida, enigmática,
Assim não quis
E fez meus olhos
Encontrarem os de Lays
Com seu sorriso de menina
E alma de grande mulher
Mais doce que algodão doce
E mais bela que a flor-de-lis
Espontânea e afável donzela
A deslizar sutil e altiva
Entre humildes e soberbas
E almas que nunca serão como ela
Sim, foi como o destino quis
Enfim
Mas como pode tão negros olhos
Fitar-me com tanta luz assim?
Surpreendente tal como chuva
Inatingível como o vento
Fêmea das mais sublimes
Destes efêmeros e tortos tempos
Não quero o luxo, nem o esdrúxulo
Muito menos chão de giz
Só peço que me tragas
A luz dos olhos de Lays
Nada de diamantes,
Safiras ou rubis
Basta-me o brilho
Dos olhos de Lays
Eduardo C. Mendonça
Um comentário:
opa!
Entrou pro time! eheeheh
Boa!
abraço....
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