sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Os Olhos de Lays


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O que eu sempre quis
Era continuar assim
Sem leme, sem rumo,
Olhando só pra mim

Mas a vida, enigmática,
Assim não quis
E fez meus olhos
Encontrarem os de Lays

Com seu sorriso de menina
E alma de grande mulher
Mais doce que algodão doce
E mais bela que a flor-de-lis

Espontânea e afável donzela
A deslizar sutil e altiva
Entre humildes e soberbas
E almas que nunca serão como ela

Sim, foi como o destino quis
Enfim
Mas como pode tão negros olhos
Fitar-me com tanta luz assim?

Surpreendente tal como chuva
Inatingível como o vento
Fêmea das mais sublimes
Destes efêmeros e tortos tempos

Não quero o luxo, nem o esdrúxulo
Muito menos chão de giz
Só peço que me tragas
A luz dos olhos de Lays

Nada de diamantes,
Safiras ou rubis
Basta-me o brilho
Dos olhos de Lays



Eduardo C. Mendonça

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Suave Brisa



Como uma brisa etérea,

Aparecestes assim,

De repente, aos meus olhos

Agitando todo o meu ser,

Desmoronando minhas barreiras e muros

Menina ou mulher?

Talvez as duas...

Permanece o mistério...

Inexplicavelmente,

Despertastes minha efusão lírica...

Labirinto de desejos

Em minhas lembranças,

Ainda hei de te encontrar novamente!

Eduardo C. Mendonça