Ouve-se um ruído
De repente, um estrondo
E um brame coletivo
Serpenteia em tua mente
Mas nada vês e nada sentes
Permanente eclipse em teus olhos
Nem sono, nem fome em teu corpo
Rente à margem, clamas por teus amigos...
Estão todos lá, apavorados,
Gritando e procurando por você
Mas, alheios, não respondem
Ao teu chamado
Necessitas de calma –
Coisa que nunca tivera antes
Mas desejas, acima de tudo,
Informá-los que te perdeste
E procuras em vão consolar-se
Sabendo que o que o preocupa não são eles
É essa sensação de abandono
De solidão eminente em tua alma
Como entender o que está acontecendo?
Sonho ou realidade?
Por um momento, voltas a raciocinar
E buscas um consolo
Ou mesmo um conselho
Mas não te resta nada
Nem paredes para se apoiar
Como sair desse labirinto?
Ora floresta, ora deserto
Ora amálgama, ora éter
De certo, estás embriagado
Talvez entorpecido
Mas não de haxixe, nem de absinto
Em circunspecto clarão, uma flor púrpura surge
E paira sobre o céu - prenúncio de novos tempos
De vida que se renova
Mas qual a prova?
Ante à pergunta, paro, e me paraliso:
Vida ou morte?
Eduardo C. Mendonça
2 comentários:
Duuuu..... que lindo issoooo..... amei demais essa poesia........ que coisa hein? Pegou pra mim, fundo... até me inspirou a escrever outro algo... Me lembrou ´Cartas a um jovem poeta´do Rilke. vc já leu? Amooooooo... Me coloca lá simm... pleaseeeee....
já tá láaaaaaaaaa.....bjs
leia, vc vai curtir!
Postar um comentário