Eu cavalgo a noite
Como tu a feres,
Serena, em plumas
E sinto-a jorrar
Lispectoramente drummoniana
No cálice dos despertos
E, de reprente, me vejo
A com partilhar contigo
Do primeiro verso
Ao reverso e o estribilho
Há algo de mim em ti,
Eu minto?
Apenas não sei o que e como dizer
Mas, quando escreves,
Eu sinto!
E não careço mais escrever
Eduardo C. Mendonça