quarta-feira, 6 de abril de 2011

In Desmemória à Paula


Eu cavalgo a noite

Como tu a feres,

Serena, em plumas

E sinto-a jorrar

Lispectoramente drummoniana

No cálice dos despertos

E, de reprente, me vejo

A com partilhar contigo

Do primeiro verso

Ao reverso e o estribilho


Há algo de mim em ti,

Eu minto?

Apenas não sei o que e como dizer

Mas, quando escreves,

Eu sinto!

E não careço mais escrever

Eduardo C. Mendonça